Autora: Isabel Allende
Páginas: 350
Sinopse: “Paula”, de Isabel Allende, é o testemunho contado na primeira pessoa sobre a morte de uma filha. Como se de uma viagem ao sofrimento humano se tratasse, o livro percorre também a vida da escritora, entrecortada por alegrias e tristezas, acontecimentos que fizeram história, personagens diversas, amores e desilusões.
Opinião:
Isabel Allende é uma talentosa escritora chilena que admiro pela sua extraordinária forma de escrever, que possui uma distinta ambiguidade, envolvendo gargalhadas de humor divertido e prantos de choro vindos do coração! Não ficamos indiferentes à sua escrita fluída, crua, dura e muito emotiva!
Esta obra é um retrato autobiográfico da autora, onde a mesma partilha um dos momentos mais difíceis da sua vida: a morte da sua filha Paula! Acompanhamos o relato sofrido de Allende, as suas memórias de infância, juventude e maturidade, incluindo o Golpe de Estado no Chile que contribuiu à sua saída do seu país natal!
Um livro que tive de ler com calma (devido ao tema doloroso que aborda), muitas vezes o nó na garganta e a emoção prendiam-me os sentidos e obrigavam-me a parar a leitura e tinha alguma relutância em voltar a pegar de novo. Não é uma leitura fácil (ou pelo menos não foi para mim), mas é bom reflectirmos sobre estes temas (vida e morte) e darmos espaço para acolher relatos emocionantes que nos façam pensar no verdadeiro significado desta caminhada (por vezes sem sentido) a que chamamos “Vida”.
Classificação: 4*
Citação: “Sou o vazio, sou tudo o que existe, estou em cada folha do bosque, em cada gota do orvalho, em cada partícula de cinza que a água arrasta, sou a Paula e também sou eu própria, sou nada e tudo o resto nesta vida e noutras vidas, imortal.”
Também li desta autora:
Retrato a Sépia /De Amor e de Sombra / A Cidade dos Deuses Selvagens / O Jogo de Ripper / A Soma dos Dias