Opinião: A Filha da Madrasta de Jennifer Donnelly

Livro: A Filha da Madrasta de Jennifer Donnelly

Páginas: 320

Sinopse: Isabelle deveria estar feliz – afinal, está prestes a ficar com o príncipe.
Mas Isabelle não é a bela rapariga que perdeu o sapato de cristal e ganhou o coração do príncipe. Ela é a meia-irmã feia que cortou os dedos para que o sapato da Cinderela lhe servisse.
Quando o príncipe descobre o engodo, Isabelle fica devastada pela vergonha. Afinal, ela é apenas uma rapariga comum num mundo que só valoriza a beleza; uma jovem forte num mundo que a quer submissa. Isabelle tentou mudar, cumprir as expectativas da mãe. Ser como a sua meia-irmã. Doce. Bonita. Um a um, desfez-se de pedaços de si para sobreviver num mundo que não valoriza uma rapariga como ela. E isso tornou-a má, ciumenta e vazia.
Até que Isabelle tem a oportunidade de alterar o seu destino e provar que é preciso mais do que um coração partido para vergar uma rapariga.

Opinião:

A Filha da Madrasta é uma adaptação do clássico literário, de um dos contos de fadas mais populares de sempre, a Cinderela! Contudo, a nossa protagonista é uma das meias-irmãs “malvadas e feias”, Isabelle e a obra revela-se surpreendente e absolutamente maravilhosa! Temos uma perspetiva diferente da história, que realça as consequências das escolhas feitas por esta personagem (e pela sua mãe e irmã) ao longo do tempo, mas também o que significa (realmente) a beleza física, numa época em que pouco mais era valorizado numa mulher.

Esta história inicia-se com um momento chocante e sangrento, no momento em que Isabelle corta os dedos dos pés para conseguir calçar o sapato de cristal. Esta escolha tão atroz e incompreensível para muitos de nós, tem como base uma história, um passado e o carácter de uma mulher, que vamos conhecendo e percebendo melhor, ao longo da obra!

Confesso que me emocionei muito ao longo da história, não só pela narrativa tão bem construída de Donnelly, mas também pelos temas profundos (abordados de uma forma subtil) que nos relembram a importância de não julgarmos os que nos rodeiam apenas pela aparência ou escolhas do passado e da importância do perdão, da amizade e de ouvirmos a voz que nos liga ao coração! Um livro que adorei ler, cheio de humor, aventura, romance, cavalos selvagens e magia!

Classificação: 5*

Opinião: O Codex 632 de José Rodrigues dos Santos

Livro: O Codex 632 (#1, Tomás Noronha) de José Rodrigues dos Santos

Páginas: 550

Sinopse: A mensagem foi encontrada entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer. MOLOC NINUNDIA OMASTOOS
Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou estar para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo.

Baseado em documentos históricos genuínos, O Codex 632 transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, numa aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, num autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade.

Opinião:

Este é o primeiro volume da série de livros que tem como personagem principal o professor de História Tomás Noronha! É também a minha estreia com as obras deste jornalista português tão conhecido, e fiquei muito surpreendida com a sua escrita cativante e tão bem estruturada.

A narrativa centra-se na descodificação de uma mensagem misteriosa, que nos conduz a uma investigação sobre as verdadeiras origens de Cristóvão Colombo. Brasil, Nova Iorque, Portugal e Israel são alguns dos locais de ação nesta obra e com locais que espero um dia visitar pessoalmente, especialmente a maior biblioteca do Rio de Janeiro que pelas descrições parece maravilhosa. Percebemos que houve um trabalho de pesquisa muito detalhado, por parte do autor, o que enriquece a trama e as revelações que vamos descobrindo ao longo do livro. Gostei muito do contexto histórico ao longo da investigação, o que me suscitou mais curiosidade sobre o período dos descobrimentos em Portugal!

Saliento uma personagem que me emocionou muito: a pequena Margarida, filha do professor Noronha e portadora de Síndrome de Down que nos proporciona momentos de ternura, honestidade e de muito emoção. Este livro foi uma surpresa muito positiva que me proporcionou uma visão diferente sobre a nossa história: até que ponto tudo o que nos ensinam é verdadeiro? Poderão acontecimentos históricos serem distorcidos e/ou alterados devido a interesses políticos e económicos que nos ultrapassam?…Um livro muito interessante! Gostei muito!

Classificação: 4*

Opinião: O Fantasma de Maddy Clare de Simone ST. James

Livro: O Fantasma de Maddy Clare de Simone ST. James

Páginas: 320

Sinopse: Londres, 1922
Sarah Piper é uma jovem solitária que vê a sua vida mudar quando uma agência de trabalho temporário a contrata para ajudar Alistair Gellis, um caçador de fantasmas. Alistair é um veterano da Primeira Guerra Mundial, rico, atraente e com uma grande obsessão pelo sobrenatural. Foi convocado para investigar e expulsar o fantasma de Maddy Clare, uma criada de 19 anos que assombra o estábulo onde alegadamente se suicidou.

Como Maddy se recusa a interagir com homens, caberá a Sarah a difícil tarefa de a enfrentar. Para isso, contará com o apoio de Alistair e do seu enigmático assistente, Matthew Ryder. Em pouco tempo, os três veem-se perante uma missão perigosa, pois o fantasma de Maddy é real, está zangado e tem poderes que desafiam toda a razão.

Conseguirão eles descobrir quem era Maddy, de onde veio e o que estará a impulsionar o seu desejo de vingança, antes que ela os destrua a todos?

Opinião:

A capa misteriosa e sinistra deste livro reflete a história enigmática no seu interior. Esta escritora canadiana apresenta-nos um romance policial com paranormal à mistura, no início do século XX! A narrativa está muito acessível e centra-se na investigação da presença de um espírito, de uma jovem que se suicidou, e que, presumivelmente, assombra o local desde então.

O grupo de investigadores é composto por dois veteranos de guerra e por Sarah – a narradora da nossa história. O curioso é que ninguém sabe nada sobre a jovem que faleceu na pequena localidade inglesa e o caso revela-se mais profundo e perturbador do que inicialmente parece. Gosto imenso de histórias com temas paranormais e neste caso, apesar de ter momentos arrepiantes, o conteúdo é acessível a qualquer leitor mais sensível. Gostei muito!

Classificação: 4*